No dia 15 de março de 2025, o transporte de um transformador de energia eólica de 250 toneladas causou grande impacto nas estradas entre Pernambuco e Paraíba, especialmente na BR-101, onde o tráfego ficou lento e muitos curiosos pararam para observar o gigantesco equipamento.
A operação de transporte foi um verdadeiro desafio de engenharia logística, exigindo planejamento detalhado e o uso de técnicas especializadas para garantir segurança, estabilidade e eficiência ao longo do trajeto.
Como foi feito o transporte?
O transformador partiu do Porto de Suape (PE) e seguiu até o município de Santa Luzia (PB), onde será integrado a um complexo eólico da região. A carga excedia dimensões e peso permitidos para transporte convencional, o que exigiu uma série de medidas especiais:
Equipamento utilizado:
- Carreta especial tipo prancha hidráulica com mais de 16 eixos, capaz de suportar o peso distribuído da carga.
- Cavalo mecânico de tração reforçada, específico para cargas superdimensionadas.
- Equipamentos de apoio como guindastes, macacos hidráulicos e estruturas de calçamento para pontos críticos do percurso.
Técnicas e cuidados adotados:
- Escolha do trajeto ideal, considerando curvas, aclives, pontes e trechos com capacidade de suporte ao peso.
- Análise estrutural de pontes e viadutos antes da passagem, com reforço em alguns pontos.
- Acompanhamento técnico em tempo real por engenheiros e operadores especializados.
- Apoio da PRF e equipes de escolta, que auxiliaram na organização do trânsito e na segurança viária.
- Movimentação lenta e controlada, com velocidade média de apenas 10 a 20 km/h, para evitar vibrações e impactos na carga.
- Içamento em trechos urbanos ou estreitos, utilizando guindastes para levantar o transformador em pontos estratégicos.
Segurança e normas:
Toda a operação seguiu normas da ABNT e diretrizes da ANTT para transporte de cargas indivisíveis e superdimensionadas. O planejamento também incluiu o cumprimento de requisitos da NR-11 (Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais).
Conclusão
Apesar do transtorno no trânsito, a operação foi considerada um sucesso. O transformador será parte essencial da expansão da matriz energética sustentável da região, contribuindo para o crescimento da geração de energia limpa no Nordeste.
Esse tipo de operação mostra como a engenharia logística é essencial para integrar grandes projetos de infraestrutura ao território brasileiro — e como cada etapa precisa ser pensada com precisão para garantir segurança e eficiência.